segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Fedro - Vida e Obra


Fedro foi um fabulista romano nascido na Macedônia, Grécia. Filho de escravos, provavelmente foi alforriado pelo imperador romano Augusto. Seu nome completo era Caio Júlio Fedro (latim: Gaius Iulius Phaedrus).

A fábula, por ser uma pequena narrativa, serve para ilustrar algum vício ou alguma virtude e termina, invariavelmente, com uma lição de moral. A grande maioria das fábulas retratam personagens como animais ou criaturas imaginárias (criaturas fabulosas), que representam de forma alegórica os traços de caráter (negativos e positivos), de seres humanos.

Coube a Fedro, quando iniciou-se na literatura, enriquecer estilisticamente muitas fábulas de Esopo, todas não escritas, mas transmitidas oralmente, isto é, serviam de aprendizagem, fixação e memorização dos valores morais do grupo social. Deste modo, Fedro, como introdutor da fábula na literatura latina, redigia suas fábulas, normalmente sérias ou satíricas, tratando das injustiças, dos males sociais e políticos, expressando as atitudes dos fortes e oprimidos, mas ocasionalmente breves e divertidas, explicando-nos, todavia, porque teve tanto sucesso, séculos depois, pela sua simplicidade, na Idade Média. Fabulista da época dos imperadores Tibério e Caligula, nos primeiros séculos da era cristã, e seguidor de Esopo, Fedro fez a sátira dos costumes e personagens da época. Por isso, com o grande incômodo que causaram as suas críticas, acabou sendo exilado. Nesta época, com a morte de Augusto, em 14 d. C, e a ascensão de Tiberio, a monarquia tornou-se um verdadeiro despostimo, sufocando toda a aspiração de literatura e de independência. Publicou cinco livros de fábulas esópicas, com prováveis alusões aos acontecimentos de sua vida.

A antiga sociedade romana estava dividida praticamente em três classes: patrícios, plebeus e, a classe da qual Fedro deve sua origem, os escravos, compreendia a população recrutada entre os derrotados de guerra, considerados instrumentos de trabalho, sem nenhum direito político. Na fábula "O lobo e o cordeiro", Fedro deve ter se baseado nesses acontecimentos de sua época para, ao final, como lição de moral dizer que "esta fábula foi escrita por causa daqueles homens que oprimem os inocentes com pretextos falsos".


Fedro e a fábula medieval


O segunda período da fábula se inicia com as inovações formais de Fedro.
Ao fabulista latino é atribuído o mérito de ter fixado a forma literária do gênero  o que garante para ele um lugar na poesia. Escritas em versos, as histórias de Fedro são sátiras amargas, bem ao sabor do gosto latino, contra costumes e pessoas de seu tempo.
Mas tanto Fedro com Bádrio (século 3 da era cristã), partiram dos modelos de Esopo, que foram reinventados poeticamente.
A Idade Média cultivou com insistência a tradição esópica. Entre as muitas versões da época, divulgadas pelo nome de Ysopets (Esopetes), a mais famosa ficou sendo a de Marie de France, do século XII. As fabliaux (fabuletas) medievais, embora não sejam propriamente fábulas, guardam com elas algumas analogias. Por meio dos personagens animais, os poetas fazem críticas e pretendem instruir divertindo. 

2 comentários:

  1. Fábio, você irá colocar um trecho da obra em Latim? Prof. William

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Adicionei um texto em Latim e em seguida a versão em Português Prof. William. Abraço!

      Excluir